A deputada do MpD, Fátima Wright, eleita pelo Círculo Eleitoral das Américas, defendeu que é urgente um recenseamento eleitoral permanente e de forma automática nas Embaixadas e Consulados de Cabo Verde, sempre que o cidadão se deslocar aos serviços consulares para tratar qualquer assunto, pois essa medida facilitaria imensamente os processos eleitorais e reforçaria a participação cívica dos cidadãos na vida do país.
Durante a visita feita ao círculo eleitoral das Américas, a deputada
afirmou que muitos cabo-verdianos relataram que se sentem “isolados e
distantes” de Cabo Verde e expressaram o desejo de participar nas eleições do
país, solicitando o recenseamento, a criação de condições para existência de
assembleias de voto naquele Estado e muitos mostraram, ainda, interesse em se
associar às comemorações do 50º aniversário da independência de Cabo Verde, que
ocorrerá em 2025.
Fátima Wright, reforçou que é “imprescindível” ouvir as vozes da
diáspora, pois permite fortalecer os laços com os cidadãos no exterior. Por
isso, defende que criar recenseamento eleitoral permanente nas emissoras e
consulares, não só facilitaria o processo eleitoral, como também demonstraria
que Cabo Verde está atento e comprometido com as necessidades da sua diáspora.
João Santos Luís, da UCID, foi o único a reagir-se na sequência das declarações da deputada do MpD, desafiando, em nome dos deputados da UCID, o Governo a tomar medidas para que, de facto, as Embaixadas e os Consulados no exterior tenham possibilidade de recenseamento automático, pois de facto, muitos cidadãos têm vontade de ser recenseados e não conseguem. De qualquer forma, sabe-se que tais processos dependem do Código Eleitoral, que está no Parlamento há dois anos. Por isso, estamos a “desafiar”, também, o Parlamento e o os seus sujeitos para todos “imbuirmos” dessa vontade de revisão do código eleitoral, de modo a resolver a situação, acrescentou o deputado João Santos Luís.
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ASSEMBLEIA NACIONAL
REFORÇANDO A DEMOCRACIA EM CABO
VERDE
