Os
deputados nacionais dirigem-se ao Governo, no primeiro dia da sessão que marca
o arranque do ano parlamentar, tecendo uma série de questionamentos pertinentes
acerca das estratégias e ações que estão a ser implementadas no âmbito do
combate as pragas no território nacional. Esta solicitação surge em resposta à
crescente preocupação com os impactos dessas pragas na agricultura, na saúde
pública e na biodiversidade.
O
deputado do MpD, Damião Medina, lançou um olhar sobre a situação da ilha do
Santo Antão, perguntando quais são as condições fitossanitárias para eliminar
ou controlar em níveis aceitáveis a praga de 1000 pés, existente desde a década
de 70 e que instalou em definitivo em 1984, atacando de forma feroz as culturas
agrícolas e fazendo com que as autoridades decretassem o embargo dos produtos
dessa ilha para as outras, de modo a evitar a sua programação, pondo em causa o
desenvolvimento da ilha, a sustentabilidade alimentar das zonas rurais, a
economia e o rendimento das famílias.
Em
representação ao Governo, o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva,
realçou que ao longo do tempo estão a ser testados vários métodos de combates,
em parceria também com organismos internacionais, e esses métodos estão a
evoluir. Segundo o Ministro, recentemente foi testado um método biológico com
armadilhas no solo para capturar essas espécies na fase adulta, tendo resultado
positivo para alguns agricultores. No entanto, Gilberto Silva, salienta que vão
dar continuidade aos processos de controle, luta química e procurar junto dos
parceiros internacionais, que têm mais experiências e recursos, combater a
praga, sendo que já chegou um especialista em Santo Antão, que está a produzir
um diagnostico para criar um plano de intervenção que reforce tudo o que está a
ser feito, como o embargo para evitar a contaminação de outras ilhas.
O
deputado da UCID, João Santos Luís, questionou o Governo quanto as medias que
vem tomando para ajudar os agricultores no combate das pragas que afetam
sobretudo as ilhas de Santo Antão, Santiago, Fogo e São Nicolau.
O
Ministro esclareceu a questão, frisando o conjunto de medidas adotadas pelo
Governo, para ajudar no combate, como a importação de pesticidas, de acordo com
as normas existentes no sector, aconselhamento técnico, produção de inimigos
naturais, desenvolvimento dos trabalhos e continuidade da luta integrada, para
que na medida do possível, haja utilização dos inimigos naturais e produtos
mais amigos do ambiente, como as pesticidas ecológicas.
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ASSEMBLEIA
NACIONAL
REFORÇANDO
A DEMOCRACIA EM CABO VERDE