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PERÍODO DE QUESTÕES GERAIS | Deputados Avaliam Desempenho do País no Índice de Desenvolvimento Humano
Publicado em:07.05.2025

 I SESSÃO ORDINÁRIA DE MAIO 

Os deputados analisaram, na presente sessão, o desempenho de Cabo Verde no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com o referido relatório, Cabo Verde ocupa atualmente a 135.ª posição, mantendo uma classificação estável no ranking de países pelo segundo ano consecutivo.

No início da sua intervenção, o deputado Alberto Mello acusou o PAICV de descredibilizar os dados divulgados, com o intuito de construir discursos sustentados em “catástrofes”. O parlamentar do MpD referiu, como exemplo recente, os pronunciamentos da oposição relativamente à posição de Cabo Verde no relatório técnico do PNUD sobre o IDH. “O problema é que o PNUD sabe trabalhar com números, não faz oposição política. Faz ciência e estatística. Foi preciso o próprio PNUD vir a público dizer que não houve queda, houve subida do IDH”, clarificou. Alberto Mello recordou aos parlamentares que o Índice de Desenvolvimento Humano evidenciou uma evolução positiva, demonstrando o trabalho responsável desenvolvido pelo Governo.

“Eles estão a melhorar. Os números estão a melhorar em todos os sentidos. Os cabo-verdianos já perceberam quem tem os dados e quem nunca soube governar com eles”, frisou.

Por sua vez, a deputada Carla Lima considerou que o Governo do MpD tem vivido de “propaganda e marketing”, promovendo uma imagem de Cabo Verde como um “país de felicidade que os cabo-verdianos não sentem e não veem”. A representante do PAICV denunciou que os cidadãos têm exigido melhores condições de vida e instou o Governo a pedir perdão ao povo.

“Relativamente ao IDH, o que o PNUD diz no comunicado é que todos os países de língua portuguesa aumentaram o seu score e melhoraram a sua posição. Menos Cabo Verde. Em 2021, nós tínhamos 0,651 pontos. Em 2022, tivemos, de acordo com a correção que foi enviada ontem à noite, 0,664. E em 2023, 0,668”, indicou. Para concluir, lamentou a ausência de progressos na posição de Cabo Verde no ranking e incentivou o deputado do MpD a dialogar com os cidadãos para conhecer as suas reais necessidades.

Na sequência destas intervenções, a deputada Zilda Oliveira sublinhou que Cabo Verde tem plenas capacidades para melhorar a sua posição, salientando que o IDH se baseia nas pessoas, nas oportunidades, na qualidade de vida, nos rendimentos, na educação e em outros fatores determinantes. “Devemos ter uma preocupação com a salvaguarda das oportunidades, das escolhas, das liberdades, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Eu acho que Cabo Verde pode, sim, fazer mais. E nós devemos pegar nesses resultados exatamente para nós trabalharmos e melhorarmos”, reiterou a parlamentar da UCID.

Para Luís Carlos Silva, o PAICV prestou falsas informações aos cabo-verdianos e apresentou dados que não correspondem à análise constante no relatório. “Há dias, não realizámos uma reunião plenária por falta de quórum porque o PAICV não esteve presente. Este é um claro sinal de que o PAICV coloca o partido acima de Cabo Verde”, criticou.

Por outro lado, o deputado António Fernandes afirmou que o PAICV interpreta os dados com responsabilidade e constata que os mesmos não refletem a realidade nacional. “O Governo do MpD fala em melhoria das estatísticas das finanças públicas, quando o Ministro Olavo Correia explicou que este valor vai servir para aumentar o salto orçamental”, sustentou. Relativamente às famílias, António Fernandes argumentou que o crescimento económico não se fez sentir nos lares dos cabo-verdianos.

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