O Presidente do Grupo Nacional da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), Celso Ribeiro, afirmou que a Rede de Mulheres Parlamentares tem desempenhado "um papel fundamental e crucial na promoção da igualdade e equidade de género na CPLP, como um espaço de concertação e cooperação, que vela pelas questões de género e promove a participação ativa das mulheres na vida social, política e económica."
Segundo Celso Ribeiro, Cabo Verde tem envidado esforços significativos para promover a igualdade de género, como a aprovação do Plano Nacional de Igualdade de Género para o período 2021-2025, que estabelece um quadro orientador para a implementação de políticas destinadas a garantir a igualdade efetiva entre homens e mulheres, alinhando-as com as principais agendas internacionais de desenvolvimento sustentável.
Além disso, Celso Ribeiro destacou iniciativas como a Lei da Paridade, aprovada em 2019, que estabelece uma quota mínima de 40% para a representação de cada género nas listas eleitorais, demonstrando o compromisso em aumentar a participação feminina na política. No entanto, reconheceu que ainda há desafios a superar, especialmente no que se refere à plena implementação das políticas mencionadas e à mudança de paradigmas culturais profundamente enraizados.
Para Celso Ribeiro, as alterações climáticas representam um desafio global que afeta desproporcionalmente as mulheres, especialmente nas comunidades insulares. Por isso, reforçou que é "imperativo integrar a perspectiva de género nas políticas ambientais, assegurando que as mulheres não apenas sejam protegidas dos impactos adversos, mas que também desempenhem um papel ativo na formulação e implementação de soluções sustentáveis." Por fim, realçou que, na segunda sessão do mês de março, o Parlamento de Cabo Verde debateu com o Primeiro-Ministro as políticas públicas dirigidas à mulher cabo-verdiana, onde foram pontuadas as iniciativas e medidas estratégicas implementadas pelo Governo para garantir a equidade de género e a inclusão social, como a introdução do orçamento sensível ao género no Orçamento do Estado, a ampliação do acesso ao financiamento para mulheres empreendedoras e a implementação de políticas de proteção e combate à violência baseada no género.