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II SESSÃO PLENÁRIA DE JANEIRO | Parlamento Cabo-verdiano Une Em Voto de Pesar pelo Falecimento de Mário Fernandes
Publicado em:23.01.2025

Ana Paula Moeda destacou que o falecido disseminava informações por meio de materiais disponíveis e de atividades consideradas subversivas à época. Após o 25 de abril, integrou o grupo de ação política no país, militando ativamente nas estruturas responsáveis por levar informações à população sobre a luta pela independência de Cabo Verde.

Residente em Achadinha, Mário Fernandes era uma figura conhecida e respeitada, participando em diversos encontros e reuniões de sensibilização e esclarecimento da população. Além disso, fez parte do grupo de milicianos treinados e mobilizados para estar presente no dia 5 de julho de 1975, complementando “o pequeno contingente de militares que tinha a responsabilidade de, simbolicamente, testemunhar a troca das bandeiras e outras honras que a praxe recomendava”, salientou a deputada.

O deputado do PAICV, António Fernandes, descreveu o falecido como uma pessoa profundamente comprometida com as causas sociais, destacando o seu papel na edificação de bairros, sendo o promotor da construção do bairro de Eugénio Lima. António Fernandes enalteceu o contributo de Mário Fernandes no movimento de libertação nacional, destacando o seu empenho e zelo nas causas nacionais, que o tornaram uma referência na comunidade.

“Parte um militante das causas da independência nacional, parte um cidadão preocupado com os problemas sociais dos bairros, e ficam as obras e as boas recordações de um homem corajoso que soube viver a sua época e cumprir para com a sua pátria, que ajudou a edificar”, frisou Ana Paula Moeda.

Em um gesto de condolências, Zilda Oliveira, em nome da UCID, manifestou-se em solidariedade ao voto de pesar apresentado pelo PAICV, lamentando o falecimento e dirigindo condolências à família enlutada, aos amigos da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria e ao PAICV.

“Vai o homem e ficam as obras”, concluiu a deputada da UCID, Zilda Oliveira.

Na mesma linha, a deputada Maria Trigueiros, do MpD, desejou paz à alma de Mário Fernandes e dirigiu-se às famílias, aos amigos e à comunidade, expressando sentimentos de solidariedade e condolências neste momento de luto.

Mário Fernandes nasceu a 20 de dezembro de 1943, em São Salvador do Mundo, e viveu uma boa parte da sua vida na cidade da Praia. Foi agente da polícia, desempenhando a missão de garantir a segurança, a ordem e a paz social no contexto do nascimento de um Estado independente. Segundo Ana Paula Moeda, exerceu a função de forma “responsável e exemplar”.

Como cidadão, integrou associações socio comunitárias e contribuiu ativamente para a organização e requalificação dos bairros, com intervenções diretas nas localidades de Achadinha, Eugénio Lima e Várzea. Além disso, esteve envolvido na construção de diversos equipamentos sociais e habitações que permanecem até hoje e trabalhou como condutor no Banco de Cabo Verde até à sua reforma.

Mário Fernandes faleceu no dia 31 de dezembro de 2024, enquanto se encontrava em tratamento médico, em Portugal.

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