O encontro é organizado pelo Fórum dos Conselhos Superiores de Justiça da CPLP que, pela primeira vez, se reúne para o estreitamento das relações de cooperação e o intercâmbio de ideias.

A cimeira arrancou hoje sob o lema “Impacto das Novas Tecnologias na organização, formação e gestão judiciária”. Um tema importante, disse o Presidente da Assembleia Nacional, no ato de abertura, na medida em que o uso adequado das tecnologias pode fazer toda a diferença em termos da eficiência, da transparência e da acessibilidade da justiça nos países da CPLP.

Austelino Correia afirma que o impacto das novas tecnologias é visível e benéfico, tanto para os profissionais de direto quanto para os cidadãos, sobretudo na forma como os processos são geridos.

“A implementação de sistemas integrados de gestão processual, a digitalização de documentos e a utilização da inteligência artificial são apenas alguns exemplos de como as novas tecnologias podem otimizar os processos judiciais, reduzir a burocracia e agilizar a prestação jurisdicional”, afirmou.

Não obstante essas melhorias, o Presidente da Assembleia Nacional chama, também, atenção, para os desafios que as novas tecnologias podem trazer para o judiciário. Explica, por exemplo, que no âmbito da digitalização dos processos os desafios têm que ver com o investimento em infraestruturas tecnológicas, treinamento e atualização permanente dos profissionais envolvidos.

É que, justifica, “a prestação de um serviço célere, eficiente, eficaz, efetiva e sustentável depende do entendimento e da adequada aplicação das ferramentas e dos recursos disponibilizados pelas tecnologias à área jurídica, entre os quais a assinatura digital, a digitalização de documentos, os processos eletrónicos, as audiências por videoconferência, os softwares jurídicos e os sistemas de educação à distância.