Austelino Correia enalteceu a cooperação entre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe que no seu entender precisa de inovação.
Ao proferir o seu discurso de boas-vindas ao Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Austelino Correia fez uma incursão pelo percurso histórico dos dois arquipélagos marcados e unidos, há décadas, pela amizade, pela língua e pela história no seu todo.
O Presidente da Assembleia Nacional entende que hoje, e mais do que nunca, é preciso um maior envolvimento, engajamento das partes para o desenvolvimento dos dois países através da implementação de ações em áreas como a governação eletrónica, a hotelaria e o turismo, as energias renováveis e a eficiência energética, a saúde, a justiça, a economia azul, a agricultura, as pescas e a descentralização. Entretanto, advoga a necessidade de juntos resolverem, primeiro, algumas questões mais prementes.
“Não há dúvidas que as nossas relações económicas podem ser incrementadas se tivermos o engenho e a arte para resolver os problemas básicos de transportes, de comunicações e do reforço de acesso ao financiamento, mas também, se reforçarmos a nossa aposta na qualificação do capital humano, no desenvolvimento das novas tecnologias e na luta contra a pobreza. As questões ambientais, a transição energética, a luta contra o aquecimento global são outras componentes onde também podemos unir esforços e inovar nas nossas relações”, avançou.
Disse Correia que Cabo Verde e São Tomé e Príncipe têm um mar de oportunidades que precisa ser explorado e vê, desde logo, a visita do Chefe de Estado são-tomense como uma oportunidade para encorajar e dar um novo impulso à cooperação entre os dois países que, como disse, “precisa de inovação para se ultrapassar a fase atual e encontrar mecanismos que o elevem a um patamar superior, envolvendo os empresários, os jovens, os académicos e os homens de cultura”.
O Presidente da República de São Tomé e Príncipe, por seu turno, chamou a atenção para os desafios atuais e a necessidade dos países insulares e mais pequenos encontrarem novas formas “imaginativas e autónomas de cooperação”, de intensificação dos diálogos e contactos para que as suas relações não fiquem reféns das dinâmicas das grandes nações.
“O momento presente convoca o nosso olhar para o encontro realista com a história um tempo nova em que não podemos falhar. Como se não bastasse, num mundo em que a competição é cada vez mais exigente, beneficiando naturalmente as nações mais fortes, é importante que os países de pequena dimensão como São Tome e Príncipe e Cabo Verde reforcem as suas parcerias”, declarou Carlos Vila Nova.
Assim como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe assume, na pessoa do seu Presidente da República, o compromisso de continuar a trabalhar para incrementar as relações de amizade e cooperação.