
A segunda Sessão Plenária de janeiro arrancou esta quarta-feira, 25, com uma Declaração Política do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) sobre o 20 de janeiro, Dia dos Heróis nacionais e que relembra a morte de Amílcar Cabral.
A declaração foi introduzida pelo líder do PAICV para quem, Cabo Verde precisa redescobrir o valor do legado material e imaterial de Amílcar Cabral e transformá-lo num recurso estratégico para a promoção e o desenvolvimento destas ilhas.
Para Rui Semedo “temos entre mão uma riqueza incomensurável que não podemos deixar de cuidar, de divulgar e de passar para as novas gerações que têm o direito de conhecer a grandeza deste património” acrescentando que o país tem de valorizar as figuras que se destacaram na construção desta Nação e na afirmação dos pilares da nacionalidade cabo-verdiana.
O líder do maior partido da oposição assegurou ainda que “Cabo Verde tem muito para aprender com os trabalhos de Amílcar Cabral e seria um desperdício enorme não aprofundar os nossos conhecimentos sobre o seu legado”.
Em reação, o Movimento para a Democracia (MpD), através do Deputado Luís Carlos Silva afirmou que o 20 de janeiro é um momento histórico de Cabo Verde e que deve merecer todo o reconhecimento do país.
Aquele parlamentar também requereu ao PAICV para liberalizar a figura de Amílcar Cabral para que todos os cabo-verdianos possam celebrar da mesma forma.
Por seu turno a União Cabo-verdiana Independente e Democrática, concordou que Amílcar Cabral é uma figura de vulto tanto com contexto nacional, africano e mundial.
Segundo António Monteiro, “as ideias e o pensamento de Amílcar Cabral a ser levado em linha de conta por todos os cabo-verdianos no geral e pelos governantes em particular dariam a Cabo Verde uma outra dimensão, pelo que defendeu a necessidade de uma reflexão e assunção na totalidade do pensamento do mesmo, visando garantia a prestação de melhores serviços e construção de um país”.
Amílcar Cabral, fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) nasceu a 12 de setembro de 1924 em Bafatá, Guiné-Bissau. A 20 de Janeiro de 1973 foi assassinado em Conacri.