O Presidente da Assembleia Nacional, afirmou esta manhã à entrada para a cerimónia de abertura do ano judicial realizado no Palácio da Justiça e, reagindo à categorização recente da morna como património imaterial da humanidade - que hoje é indubitavelmente um dia de festa para toda a Nação cabo-verdiana.
Entrementes, neste momento considerado de regozijo, Jorge Santos, reconheceu também a importância intrínseca dos produtores, compositores, músicos, intérpretes, que tanto contribuíram para que tal género musical continue a ser incontestavelmente, o «cimento» da terra crioula, dentro e fora dela.
Parabenizou igualmente, o instituto da promoção cultural, o Ministério da Cultura, em particular e o Governo de uma forma geral, o Parlamento e, enfim todas as instituições da República que se envolveram direta ou indiretamente para que o processo de candidatura culminasse com a esta retumbante vitória para a cultura crioula.
Não depositou grande expetativas de que doravante e, num golpe tácito de mágica as coisas mudem de um dia para o outro, preferindo expressar os votos para que «musa crioula» continue a evoluir e que ganhe cada vez mais qualidade, levando a que as instituições públicas invistam na sua formação e promoção.
Deve dizer-se e, em abono da verdade que a morna, considerada etno-musicologicamente como um dos mais apreciados e antigos géneros da constelação musical cabo-verdiana tornou-se património imaterial da humanidade, graças a um longo caminho percorrido paulatinamente, sobretudo no século XX.
Na sua caminhada triunfal, patenteou o seu charme sobretudo em vários palcos da Europa, de onde lhe vem a glorificação, nomeadamente nas exposições de 1934 (Porto) e 1941 (Lisboa), que tiveram continuidade em artistas individuais que se notabilizaram em décadas subsequentes em vários países e que seria fastidioso enumerar aqui com o receio da omissão.